Fazendo um review da minha adolescência, acabei percebendo que sempre fui uma mulher que amou demais. Alguém eternamente inundada em sentimentos - traduzindo: uma canceriana autêntica! Sempre amei as pessoas - especialmente os homens - mas, sobretudo, sempre amei o amor. Durante ótimos anos da minha vida adorei a paixão em si mesma e fui muito honesta com meus sentimentos. Ainda bem!
Ao reler antigos diários, notei que poucas foram as coisas que me arrependi de não ter feito durante essa fase da vida. Só não fui mais sincera por pura timidez, e essa clareza me traz boas lembranças, entre elas a certeza de que dei o meu melhor, proporcionalmente de acordo com meu grau de amadurecimento da época.
Nesses tenros anos, tentei manter minha integridade, mas, sobretudo, tentei viver com paixão. Meu coração era imenso e eu era capaz de desejar três ou quatro pessoas em diferentes modos e intensidades durante um mesmo período de tempo. Um consolava a dor do outro, uma vez que, importante mesmo era manter o placebo do entusiasmo afetivo ativo no cérebro. Em outras palavras, beijar na boca e ser muito feliz!
É gostoso recordar tudo isso. Acima de tudo, é gratificante perceber que, mesmo aos 17 anos, eu me já me permitia sofrer e analisar minha própria dor. Passei por maus bocados; contudo, lendo minhas próprias palavras (muitas delas numa antiga caligrafia), me impressiona também que, ainda assim, há 5 ou 6 anos havia em mim uma confiança intuitiva e uma fé sem proporções, uma alegria de acreditar no destino e uma percepção de fatos e pessoas que pareciam ter sidos enviados por Deus. A paixão pelo próximo nutria a paixão dentro de mim.
Hoje tenho o coração apaziguado pela força dos sentimentos plenos, sou mais cética e consciente de sofro bem menos agora do que antes, entretanto, tendo a me atormentar muito mais. Só me resta, portanto, culpar a idade pela perda da inocência e blasfemar as feridas não cicatrizadas pelo tempo.
Pensando nisso, chego a uma conclusão: naturalmente, nos acostumamos a ouvir os mais velhos e a nos preocupar com o futuro. Entretanto, desvalorizar essa sabedoria instintiva fruto das nossas primeiras percepções é aprisionar o próprio coração para o resto da vida.
Prometo que vou tentar lembrar de resgatar essa minha parte. Será que ainda dá tempo?
Ao reler antigos diários, notei que poucas foram as coisas que me arrependi de não ter feito durante essa fase da vida. Só não fui mais sincera por pura timidez, e essa clareza me traz boas lembranças, entre elas a certeza de que dei o meu melhor, proporcionalmente de acordo com meu grau de amadurecimento da época.
Nesses tenros anos, tentei manter minha integridade, mas, sobretudo, tentei viver com paixão. Meu coração era imenso e eu era capaz de desejar três ou quatro pessoas em diferentes modos e intensidades durante um mesmo período de tempo. Um consolava a dor do outro, uma vez que, importante mesmo era manter o placebo do entusiasmo afetivo ativo no cérebro. Em outras palavras, beijar na boca e ser muito feliz!
É gostoso recordar tudo isso. Acima de tudo, é gratificante perceber que, mesmo aos 17 anos, eu me já me permitia sofrer e analisar minha própria dor. Passei por maus bocados; contudo, lendo minhas próprias palavras (muitas delas numa antiga caligrafia), me impressiona também que, ainda assim, há 5 ou 6 anos havia em mim uma confiança intuitiva e uma fé sem proporções, uma alegria de acreditar no destino e uma percepção de fatos e pessoas que pareciam ter sidos enviados por Deus. A paixão pelo próximo nutria a paixão dentro de mim.
Hoje tenho o coração apaziguado pela força dos sentimentos plenos, sou mais cética e consciente de sofro bem menos agora do que antes, entretanto, tendo a me atormentar muito mais. Só me resta, portanto, culpar a idade pela perda da inocência e blasfemar as feridas não cicatrizadas pelo tempo.
Pensando nisso, chego a uma conclusão: naturalmente, nos acostumamos a ouvir os mais velhos e a nos preocupar com o futuro. Entretanto, desvalorizar essa sabedoria instintiva fruto das nossas primeiras percepções é aprisionar o próprio coração para o resto da vida.
Prometo que vou tentar lembrar de resgatar essa minha parte. Será que ainda dá tempo?
3 comentários:
Essa pergunta final (para um agluém polly não poderia ser de outra maneira)Resp: Claaaaaro que ainda dá tempo. Na verdade sem perceber durante varios momentos do seu dia você usa a sua intuição. Interessante voce falar sobre isso, minha mãe sempre me disse "escute quem tem mais experiência, mas nunca deixe de ouvir sua intuição". Afinal se as verdades e as respostas estão dentro da gente o melhor maneira de crescer é desenvolvendo esta atenção, para assim escutar o que diz nossa alma, não é mesmo? Pow muito massa seu texto, e aliás uma OBS: dá pra perceber na sua expressividade e jeito de ser a maneira como você valoriza a amor na sua vida. Ownnnn minha amiguinha cancerina *__*
Bjão
Você tem exatos 26 min.
Fiquei com vontade de ilustrar esse post ._. Adorei.
Bjus.
Eu só queria deixar claro aqui que, hoje em dia a autora do texto tem um relacionamento extremamente sólido e que o cara é ciumento e forte como 10 homens.
lol.
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