O que todo mundo vê na Bella?

Quando eu pego no pé da história de Crepúsculo, não é porque se trata de um sucesso adolescente, mas porque acho o conteúdo machista, apesar de já ter lido algumas críticas em contrário. Mas continuo não achando uma boa ideia transmitir para os adolescentes em pleno século XXI uma mensagem de amor incondicional e bastante dependente, sem mencionar todo proselitismo que a autora faz sobre da preservação da virgindade antes do casamento e blá blá blá.

Afastando esse meu lado mais crítico, eu assisti todos os filmes lançados até então. Ri e me diverti bastante, na maioria das vezes às custas dos diálogos toscos a la leões que se apaixonam por cordeiros. E também não pude deixar de perceber alguma trama em comum com outras produções “vampirescas” que acompanho, como The Vampire Diaries e True Blood – este último superando infinitas vezes os outros dois.

Vejam só: nos três plots há o caso da mocinha humana que atrai o desejo dos vampiros e outras criaturas sobrenaturais. Em True Blood, a heroína Sookie Stackhouse é ímã do interesse de vampiros, lobisomens e metamorfos. Em Vampire Diaries, Elena historicamente divide o amor dos irmãos Stefan e Damon. E na saga Crepúsculo, o vampiro Edward e o lobisomem Jacob disputam pelo amor da protagonista Bella.

Em True Blood, Sookie é telepata. Além disso, é uma mulher interessante: corajosa, ousada, algumas vezes irritante. Isso sem mencionar outros poderes que a série está ainda começando a mostrar. Isso, para mim, torna coerente o fato dela atrair tanta atenção. Há certo um mistério por trás do cabelo loiro e das roupas de caipira, apesar de às vezes eu pensar que já tem homem DEMAIS atrás dela.

No caso de Vampire Diaries, tem uma razão histórica e tal. Ok, eu compro isso em partes. Porque apesar da protagonista ter passado por um grande trauma e ter uma família desestruturada, ela me parece MUITO sem sal e completamente sem expressão. Sou muito mais a amiga bruxa dela, a Bonnie.

E em Crepúsculo, não vou nem comentar. Tudo bem que a história de se apaixonar pela amiga de infância é um clássico, mas o que diabos Jacob AND Edward viram na Bella, a ponto de moverem the whole clan/pack só para protegê-la? É o charme de ser desengonçada? Ou a tremidinha antes de falar uma sentença? Ou o fato de ser super frágil?

Quando me surgem essas dúvidas, não posso deixar de pensar que o Felipe Neto tem uma certa razão...

2 comentários:

Anônimo disse...

Супер, Эта весьма хорошая идея придется как раз кстати

Cassia Motta de Aquino disse...

Caí no seu blog por acaso e resolvi comentar esse post. Sem entrar no mérito do valor literário desse tipo de obra, eu só queria dizer que pra mim sempre foi muito claro porque a Bella despertava o interesse do Edward. Já pensou como seria poder ler a mente das pessoas??? Seria impossível se relacionar com elas. Por isso a Bella acaba sendo perfeita pro Edward. Já para o Jacob, me parece uma paixãozinha de escola, gostar de uma menina um pouco mais velha e tal. E também a questão do desafio, gostar de quem gosta de outra pessoa, tem gente que curte isso. Enfim, foi o que sempre pensei. :)